No Eu Garimpo nós temos louvado constantemente a iniciativa do Radiohead de não fixar um preço para o download do disco In Rainbows enquanto ele esteve disponível para download. Vimos essa atitude como algo possivelmente revolucionário, como uma forte balançada na indústria musical. Tem sido difícil encontrar opiniões que destoassem disso. Na maioria dos veículos de mídia o tom foi o mesmo que o nosso. Porém, nem todo mundo concorda com isso, e têm bons argumentos para defender tal posição.
Downliners Sekt é um coletivo de música baseado em Paris, Londres e Barcelona. São três lugares porque, segundo eles, o trabalho é feito trocando arquivos pela internet. Eles se recusam a dar seus nomes e a enumerar suas influências. A única coisa que admitem é que o nome foi "emprestado" de uma banda de rock dos anos 60, o Downliners Sect (com "c" mesmo). Além de produzirem música eletrônica o nome do coletivo é também o de um netlabel, um selo de distribuição baseado na internet. Tudo o que foi produzido nos três anos de existência do selo e do coletivo (três ábuns, no total) está disponível para download no site do selo, de graça.
Semelhanças com o Radiohead? Para o Downliners Sekt, não são muitas. A perspectiva do projeto multinacional é muito mais radical. A estratégia de In Rainbows é vista como um mero golpe de marketing, como apenas mais uma maneira de ganhar dinheiro sem realmente subverter ou inverter a lógica de comercialização da música. O desejo é o de que a indústria da música se exploda, que dê tudo errado, que falências aconteçam. Por isso o apoio do Downliners Sekt às trocas ilegais de arquivos na internet e às rede peer-to-peer (p2p).
São dois lados de uma discussão. Uma vertente procura desmantelar parâmetros convencionais sem questionar a necessidade do lucro. A outra, bem mais radical, vê na extinção do capitalismo a única possibilidade para que a música seja música de verdade e não produto.
Falando da música em si, o Downliners Sekt privilegia os ambientes, quase como uma banda de shoegaze (exemplos: The Jesus and Mary Chain, Slowdive, My Bloody Valentine, Sigur Rós) mas orienta a composição para a música eletrônica. Há momentos em que o jungle e o drum'n'bass são citados fortemente, como em "Ohrwurm". Como projeto experimental o som é interessante. muito bem-feito. Mas é música específica e não tem a menor intenção de parecer pop.
No site deles há um FAQ (perguntas frequentes) muito interessante para quem gosta da discussão sobre a autoria da música e o download legal ou ilegal de mp3. E ainda é possível baixar toda a discografia do selo e do projeto.
Downliners Sekt é um coletivo de música baseado em Paris, Londres e Barcelona. São três lugares porque, segundo eles, o trabalho é feito trocando arquivos pela internet. Eles se recusam a dar seus nomes e a enumerar suas influências. A única coisa que admitem é que o nome foi "emprestado" de uma banda de rock dos anos 60, o Downliners Sect (com "c" mesmo). Além de produzirem música eletrônica o nome do coletivo é também o de um netlabel, um selo de distribuição baseado na internet. Tudo o que foi produzido nos três anos de existência do selo e do coletivo (três ábuns, no total) está disponível para download no site do selo, de graça.
Semelhanças com o Radiohead? Para o Downliners Sekt, não são muitas. A perspectiva do projeto multinacional é muito mais radical. A estratégia de In Rainbows é vista como um mero golpe de marketing, como apenas mais uma maneira de ganhar dinheiro sem realmente subverter ou inverter a lógica de comercialização da música. O desejo é o de que a indústria da música se exploda, que dê tudo errado, que falências aconteçam. Por isso o apoio do Downliners Sekt às trocas ilegais de arquivos na internet e às rede peer-to-peer (p2p).
São dois lados de uma discussão. Uma vertente procura desmantelar parâmetros convencionais sem questionar a necessidade do lucro. A outra, bem mais radical, vê na extinção do capitalismo a única possibilidade para que a música seja música de verdade e não produto.
Falando da música em si, o Downliners Sekt privilegia os ambientes, quase como uma banda de shoegaze (exemplos: The Jesus and Mary Chain, Slowdive, My Bloody Valentine, Sigur Rós) mas orienta a composição para a música eletrônica. Há momentos em que o jungle e o drum'n'bass são citados fortemente, como em "Ohrwurm". Como projeto experimental o som é interessante. muito bem-feito. Mas é música específica e não tem a menor intenção de parecer pop.
No site deles há um FAQ (perguntas frequentes) muito interessante para quem gosta da discussão sobre a autoria da música e o download legal ou ilegal de mp3. E ainda é possível baixar toda a discografia do selo e do projeto.
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