:: Rodrigo Celso
Para quem está a fim de ouvir rock básico: providencie os seguintes discos de Rod Stewart: Gasoline Alley, The Rod Stewart Album, Never a Dull Moment e, especialmente, Every Picture Tells a Story. O resto da carreira é um pouco constrangedora: ver o fulano vestindo uma calça apertadinha, de permanente e reflexo nos cabelos, rebolar e perguntar “Do you think I am sexy?” é no mínimo desnecessário. A bundinha dele, dizem os (as) especialistas, mesmo hoje, aos 60 anos, é, de fato, uma delícia.
Por incrível que pareça, houve um tempo em que o cara fazia mais música e menos caras e bocas. E música para valer: uma mistura de Rock, Folk, Soul e Country, altamente interessante e cheia de entusiasmo. Maggie May é dessa época, um daqueles hits que sua tia, sua mãe, bobeou sua vovozinha (veja abaixo o vídeo do gostosão ao vivo na Rockefeller Plaza em NY) já cantou e dançou.
E a música merece. Uma letra de amor adolescente cantada com emoção, uma melodia fácil e um belo arranjo, com destaque para as guitarras e o moog. Por incrível que pareça, a introdução (que não aparece nos vídeos acima e abaixo) e o riff remetem a uma canção de amor medieval tocada no alaúde ou no bandolim.
Os caras não eram bobos e sabiam muito bem o que estavam fazendo: queriam criar uma canção de amor simples, feita para durar séculos, como aquelas entoadas pelos trovadores medievais. Passados mais ou menos 40 anos, podemos dizer que está dando certo. Faltam apenas 60 para Maggie May fazer 100 anos e tenho certeza de que ela chega lá em plena forma.
Veja uma releitura feminista da canção por Suzane Vega em "(I Will Never Be) Your Maggie May".
Veja vovozinhas americanas cantando Maggie May:
|