:: por Barbaruiva
Apesar da ausência prolongada que fez com que não comentássemos momentos importantes de 2007, acho que a quantidade de música interessante lançada justifica uma lista de melhores do ano. Isso será feito mês que vem.
Só In Rainbows, do Radiohead, já fez com que ares novos voltassem a soprar no mundo da música pop, o que não acontecia há muito tempo. Estamos devendo um comentário mais extenso sobre isso. Uma vez que realmente pensamos algo a respeito, contaremos o que significa para nós esse baque no modelo de distribuição de música.
Houve uma ressurreição da boa música pop (exemplos: Orson e Mika) com a volta de um braço rock não-indie ao mainstream. O rap e o r'n'b se esgotaram nesses últimos anos e me parece que cansaram o público não-especializado.
M.I.A. foi uma que desafiou as convenções em geral e as atribuídas a ela e prestou grandes homenagens ao rock dos anos 80 (nós já falamos sobre isso no blog). A volta de Black Francis e a qualidade de In Rainbows (agora para abordar a música em si, não como ela foi vendida) mostraram que ainda há caminhos a trilhar sem cair em fórmulas imbecilizantes (emo, indie, nu-metal, etc). Mais uma prova disso é a opção do artista de "world-music" Manu Chao pelo formato rock em seu novo disco.
O ano de 2007 foi importante para que o rock pudesse se sentir seguro para ser boa música novamente. Sem pretensões de fazer do rock "a" música pop, os artistas que citei (e muitos outros que não couberam neste post), ao mesmo tempo em que alargaram mais uma vez os limites desse tipo de música, devolveram a ele especificidades que pareciam estar para sempre embotadas. A mais importante delas, mais até que a rebeldia, a autocrítica, é um assunto novamente em pauta para quem se propõe a fazer algo que pode ser chamado de rock, mesmo que muitas vezes, não o seja propriamente.
Mais detalhes nas próximas semanas.
22 novembro, 2007
O ano de 2007
Marcadores: 2007, retrospectiva
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